Você sabe a diferença entre vivência e experiência?
Quando era um estudante, numa aula no laboratório de química, um professor nos deu dois recipientes, um contendo um líquido azul e outro um líquido vermelho. Pediu que misturássemos os dois líquidos num cadinho e a mistura resultante ficou transparente. Fiquei impressionado, parecia um passe de mágica. Impressionante! Isso foi uma vivência.
Aquele professor teve a intenção de causar surpresa e assim atrair a atenção dos alunos para sua explicação que deu em seguida, quando nos disse que a mistura de um ácido com uma base resulta em sal mais água. Entendi! Nesse instante, a vivência converteu-se em uma experiência e o conteúdo daquele conhecimento sobre química, exemplificado pelo fato concreto, pela circunstância vivida no laboratório, pôde ser absorvido e assimilado.
Na vida há muitas experiências que passam inadvertidas por falta de conhecimento, de observação, de capacitação e de preparo para assimilá-las. RAUMSOL, criador da Logosofia, nos ensina em seu livro Logosofia. Ciência e Método, pág. 114:
“Ao faltar a observação, as experiências passam sem que seja possível extrair seu valor intrínseco e, portanto, sem obter as consequências úteis.”
A Logosofia amplia a vida e ensina sobre ela com imagens claras, simples e diretas, iluminando a vida interna, dando-lhe projeções ilimitadas.
Outro dia experimentei uma sensação estranha, como se algo não estivesse bem. Achei, a princípio, que era uma indisposição física, uma noite mal dormida ou algum alimento que não havia me caído bem. Porém, não encontrei nestas razões o motivo do mal estar.
Comecei a revisar a minha atuação, o que havia feito, dito ou pensado. Encontrei a causa do mal estar num momento de desânimo. Investigando o que precedeu este momento encontrei o fato que havia me tirado energia. A causa estava em reviver algo triste, mesmo com tantas coisas boas para recordar. Como num motor, uma única peça desajustada tirou-me do eixo.