Infelizmente nem tudo é exatamente como a gente quer” diz a música de Guilherme Arantes e é um comentário frequente na boca de muitas pessoas, na minha inclusive. Quantas coisas eu desejei muito e que, revendo hoje, teria sido uma catástrofe em minha vida se tivessem acontecido.

Isso ocorreu comigo algumas vezes; quando fui indicado para uma promoção que não ocorreu, quando não consegui iniciar um curso para o qual eu estava matriculado, quando tive que interromper uma carreira profissional para recomeçar em outra etc. 

À medida que a vida passa pelo outono da maturidade e se encaminha para o inverno da velhice, vem à mente essas questões, muitas vezes em tom de arrependimento… Se eu pudesse voltar no tempo, quantas coisas eu faria!

Quando eu era mais jovem, encontrei um cartaz a respeito de um curso sobre Logosofia, para o qual me inscrevi. Foi assim que tomei contato com um ensinamento de RAUMSOL, criador da Logosofia, publicado no livro Axiomas, Tomo I, pág. 14, o qual vi pela uma vez escrito em um quadro: 

“Desejar não é querer, deveis aprender a querer. Se deseja o que se sabe que não dura, se quer o que se sabe que é eterno.”

Muito se tem falado sobre o querer, desde a antiga fórmula “querer é poder”. Assim, o querer chegou a ser banalizado, confundido com o desejo, ao invés do verdadeiro querer, com o coração, com a própria vida, como nos ensina a Logosofia, pois entra em ação uma faculdade sensível, para querer antes e depois, fixando o querer e dando-lhe permanência.  

Sobre a força do querer, no livro Curso de Iniciação Logosófica, do mesmo autor, na pág.42, encontrei: “tudo se pode quando se quer firmemente, e se vive mais onde mais agrada viver”.

Confunde-se querer com desejo, com propósito, com estímulo, com impulso, com vontade… Para a Logosofia cada conceito tem um conteúdo específico. Agradeço àquele jovem que queria ser melhor e que começou a estudar essa ciência. Você tem aspirações de conhecer a si mesmo e de edificar um destino melhor? Isso é o que a Logosofia tem me ensinado.